Ao 6º mês, começou com a sopa à hora de almoço. Durante a semana, o Ro, comia no Infantário, ao fim de semana, era uma aventura para nós, o Pai adorava vê-lo babar-se com a sopa e vê-lo sujar-se, divertiamo-nos e conseguimos ultrapassar mais uma etapa.

O Rodrigo não parava de nos surpreender, o pediatra, o Dr. Aires Pereira, mandou dar-lhe a farinha láctea sem gluten, foi emocionante, pois pela primeira vez, ele comia de colher, adorava a colher e a farinha também. Mais uma etapa conquistada. Sempre que precisavamos, tinhamos a ajuda incondicional da prima Tânia, a mãe do Diogo, que é um fofinho e muito meiguinho com o Rodrigo. Obrigada Tânia, por tudo que fazes por nós, desde a tua amizade, ao teu carinho e dedicação. Adoro-vos. Estão no nosso coração.

Chegamos a nossa casa, o quarto estava preparado para o Rodrigo, a vida ia mudar, uma vez que já não tinhamos a avó Esmeralda. Ficamos juntinhos eu e o Rodrigo, o Nuno, pai do Rodrigo, saia para trabalhar mas ao final do dia, a ajuda do pai era preciosa, davamos-lhe banho, preparavamos o seu leitinho, etc. As visitas eram muitas, a começar pela minha familia, que por sinal é numerosa, a avó Esmeralda, sete tias, que se chamam: Emília, Carmo, Vitória, Lucinda, Elisa, Esmeralda e Paula, os seus maridos: Eduardo, Pedro, Talal, Moreira, António, Delfim e Eugénio, depois os sobrinhos: Câtia e Telmo; Carine e Jonhy; Carla, Joana e Frederico; Paulo, Tiago e Bárbara; Rafael e Carolina; Mariana e Margarida e ainda uma sobrinha neta, filha da Carla, chamada Diana. A familia do pai é bem mais pequena, os avós paternos Alice e José Francisco Maia, dois tios, que se chamam Alexandra e Vitor, a bisavó Ana, as tios: Ana, Lena, Patrocinia, António, os maridos: Adão Santos, Albino e António, os primos: João Paulo, Tânia e Diogo; Bruno Filipe e Paula; Libânia, Amilcar e Daniela; Carlos, José e Sofia. Estes são os parentes do Rodrigo, que vibraram com a sua chegada e que o vão acompanhar na sua vida.

Lá fomos nós, rumo a casa. A Avó Esmeralda, avó materna, esperava-nos com ansiedade e alegria. Estivemos cerca de 2 meses na vóvó, foi estupenda a ajuda da parte dela, deu-nos apoio, carinho e sobretudo valeu-nos a experiência dela, já que a avó Esmeralda, teve 8 filhas. Os primeiros dias foram dificeis, tive a febre do leite, os peitos estavam inchados, porque o Rodrigo, comia pouco, a avó Esmeralda preocupada, teve a brilhante ideia de retirar o leite, ou seja, amamentei a minha própria mãe, e assim não foi preciso bombas, apenas compressas de àgua quente, finalmente a febre do leite desapareceu. O Rodrigo, começou a despertar, a comer melhor, e tudo corria bem. Mas aos dois meses de idade do Rodrigo, não pude mais amamentá-lo, devido a um tratamento que me foi prescrito, esse tratamento destinava-se a fazer diminuir o tal mioma, que pós-parto aumentou. Mas uma vez, esse maldito mioma interferiu nas nossas vidas, prejudiquei o Rodrigo, que adorava o peito da mãe, foi obrigado a adaptar-se ao biberão e ao leite artificial. Chorei imenso, mas tentei dar a volta, fiquei mais tranquila, pois o Rodrigo não teve dificuldade em adptar-se ao dito leite. O leite era o Novalac AC1, era anti cólicas, o Rodrigo sentia-se super bem. Ao vê-lo bem, eu senti-me óptima. O Rodrigo, tornou-se independente, já não precisava tanto de mim.

A Estadia na Maternidade foi aceitável, isto é, em termos de instalações e serviço foi bom, em termos de apoio, ou seja formação, deixou a desejar. O Rodrigo era um récem nascido preguiçoso, só queria dormir, não comia. Tentava dar-lhe o peito, mas ele não conseguia formar o mamilo, não pegava no biberão, as Enfermeiras ameaçaram dar-lhe pela sonda, fiquei em pânico, devo dizer que por elas, eu não amamentava. Estavamos ansiosos por regressar a casa, foi-nos valendo as visitas e o apoio do Pai.

No dia 25 de Junho de 2006, Domingo, às 11h40, nasceu um principezinho chamado rodriguinho, esse principe viveu num reinado dificil, esse reinado transmitia receios e riscos mas também transmitia esperança e muito amor.
O Rodrigo, como principe, ultrapassou várias etapas, dividiu o seu reinado com um guerreiro, chamado mioma, que media 12 cm, era grande e forte, que se apoderava e exigia da mãe dele, alimentava-se como ele, dormia com ele e sobretudo lutava com ele.
O Rodrigo, venceu a batalha, com ajuda do amor imenso dos pais e da médica amiga e protectora, escolhida para lhe salvar a vida.
Parabéns filho, pela tua determinação e coragem, obrigada por insistires conheceres os teus pais e restantes pessoas que te desejavam muito.